Uma abordagem institucionalista do desenvolvimento econômico: ênfase na política de C,T&I brasileira a partir dos anos 1990

Nome: DACIELI SAUSEN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 15/06/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE OTTONI TEATINI SALLES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE OTTONI TEATINI SALLES Orientador
ROBSON ANTONIO GRASSI Examinador Interno

Resumo: A dissertação é um trabalho de natureza teórica e aplicada cujo tema principal é o desenvolvimento econômico sob uma perspectiva institucionalista. Mais especificamente, a partir dos princípios teóricos propostos pela Escola Institucionalista Original, protagonizada por seu precursor, o economista norte-americano Thorstein Veblen, e seus sucessores contemporâneos. Visto sob este prisma, o desenvolvimento é um processo endógeno de aprendizado, de mudanças institucionais e tecnológicas. Neste sentido, as instituições e o progresso tecnológico dependem e sofrem influência do comportamento humano e de sua interação com Assim, os capítulos dois e três da dissertação são de natureza teórica, focados em apresentar os aspectos fundamentais da abordagem teórica Vebleniana, bem como uma interpretação institucionalista do desenvolvimento econômico. Para tanto, foram utilizadas as contribuições de Geoffrey Hodgson, Ha-Joon Chang e Richard Nelson. As ações dos agentes, segundo a concepção Vebleniana e pós-Vebleniana, irão tornar factível o progresso econômico na medida em que estiverem enraizadas nos hábitos de pensamento da coletividade. Com base nas lições extraídas desta análise teórica, particularmente da relevância do papel da tecnologia na consolidação de um efetivo programa de desenvolvimento econômico, o capítulo quatro foi dedicado a estudar a questão de como o progresso científico, tecnológico e inovativo tem sido tratado no Brasil a partir dos anos 1990. O propósito foi evidenciar que uma política estratégica de C,T&I no Brasil somente se concretizará se houver uma mudança efetiva nos hábitos mentais dos agentes. Ou seja, quando a ação coletiva da sociedade priorizar o progresso tecnológico como fator de mudança social e elemento condutor do progresso econômico no país. Nossa principal conclusão é que o esforço nacional em termos de volume de investimento e alocação dos recursos destinados ao setor de desenvolvimento tecnológico no período recente não é suficiente para consolidar uma política estratégica efetiva de C,T&I no Brasil. Embora tenha havido o reconhecimento do progresso tecnológico como fator fundamental ao desenvolvimento, permanecem as dificuldades de integrar as ações dos agentes (governo, instituições e setor privado) no sentido de uma mudança de hábitos que propicie um ambiente favorável ao progresso econômico do país.

Palavras-chave: Desenvolvimento Econômico. Teoria Institucionalista. Hábitos de pensamento. Política de Ciência, Tecnologia e Inovação. Economia Brasileira.

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